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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lúthien - Ato 1: A vítima da Adega

  Narrador:
     Após abrir a porta do estabelecimento, sem mover-se de onde estava, ainda na porta. Lúthien movimenta sua cabeça, de forma a vislumbrar todo o interior daquele lugar, locais dos quais ainda não tinha visionado bem.
     Fitando a prateleita após o balcão; o próprio balcão; a porta além do balcão e afins. . . Nada a mesma podia notar de anormal ali. Ao que parecia, nada de estranho poderia ser visto. Nem mesmo uma única pessoa podia ser vista ali. Sugestivo, para um estabelecimento que aparentemente estava fechado.
     Olhando um pouco mais, analisando atenciosamente a estrutura, chão e detalhes do lugar. A Agente nota que sobre a madeira daquele balcão, de altura aproximada a 1, 30m e extensão em torno de 4m, pegando de parede a parede... Uma pequena taça, sobreposta ali. Ao que parecia, ela possuia algum tipo de líquido até sua metade; taça cuja qual, não era muito grande; tamanho mediano às taças convencionais.
     Ainda observando ali, Lúthien, numa de suas vislumbradas ao chão, nota um pequeno rastro feito por algum líquido. Este, era de aproximadamente 4cm de espessura e de uma extensão aproximada a 3 metros. Ia para de trás do balcão, iniciando-se quase que na porta de entrada, através de algumas gotas. 
     Este líquido, possuia uma coloração avermelhada, em grossa "camada"... Assemelhando-se muito ao sangue de um humano. Seria este o que realmente a Agente estaria vendo? 
     Não se sabia ao certo, talvez por estar sendo "ajudada" apenas com o auxílio da luz solar que adentrava o estabelecimento, minimizando sua visão; ou por motivo de sua breve análise não ser uma perfeita. Mas o fato é que aquilo parecia sangue.

Lúthien:
     Segurando a pistola com a mão direita, e apontando-a para frente, ela pega a sua lanterna e acende, para poder visualizar melhor o local. Aponta a lanterna e a arma para frente, uma em cada mão, e caminha em passos lentos, até o balcão, para ver onde o liquido acabava e o que ele realmente seria.Ao notar o líquido ali pelo chão, se extendendo até por de trás do balcão. Um sentimento receoso passa a dominar lentamente Lúthien. Pouco a pouco o medo ia tomando conta de seu corpo e paralisando-a, mesmo sendo alguém já experiente, com situações do tipo.
     Vendo que estava perdendo o controle de si mesma, começa a ser recordar dos ensinamentos e regras que lhe foram aplicadas na Acadêmia do FBI, a qual fora treinada com as mais sábias técnicas de auto-controle, justamente para enfrentar situações assim. 
     Então, mesmo supondo que poderia ter ocorrido algo ali e consequentemente poderia ter alguém ferido atrás daquele balcão. A Agente empunha firmemente sua arma a frente do rosto e com a mão esquerda, passa a retirar a lanterna que estava encaixada num suporte em sua cintura. Esta, liga o objeto através de um pequeno botão encontrado no mesmo e em seguida, um Flash de luz vindo dele acende-se no estabelecimento, iluminando vastamente o lugar.
     Já com a lanterna em mãos e ligada, Lúthien a posiciona para frente e começa a iluminar onde eventualmente seguiria: em direção ao balcão. Isto, com o auxílio de sua arma que também era direcionada para a mesma direção a qual sua lanterna iluminava. Com isto, a Agente passa a dar alguns passos lentos em direção a área iluminada por sua lanterna. Certamente, por precaução.
     Após alguns segundos caminhando e aproximando-se cada vez mais do balcão, Lúthien pouco a pouco começa a sentir um odor incômodo; um cheiro horrível de carniça era emitido de trás daquele balcão. O que alimentava mais ainda sua hipótese de que houvesse alguém ali, ferido ou morto.
     Sobrepondo-se ao balcão, iluminando sua parte interior, a qual ficava junto à prateleira. Lúthien nota um corpo caído, totalmente ensanguentado. Este possuia sinais de perfuração por toda a pele e suas roupas, além de lavadas de sangue, estavam quase que totalmente rasgadas. Sua feição estava tão destroçada, que era difícil para a Agente identificar se aquilo era uma mulher ou homem. E com certeza, estaria já sem vida.
     As nauseas ia revirando rapidamente o estômago de Lúthien, que sentia-se enojada, tanto com o odor, quanto com o que via.

Lúthien:
     Após averiguar o que havia atrás do balcão, Lúthien se assusta com o que vê. Ela tenta imaginar o que teria acontecido mas nada vem a sua mente. Um pouco receosa, tenta aproximar-se do corpo, para averiguar se havia alguma carteira com documentos ou algo que tornasse possível, a identificação da pessoa. Apontava a arma para o corpo, pois não sabia se corria riscos; novamente por precaução.Mesmo com anos de experiência com este tipo de caso, sendo treinada com técnicas cuja as quais deveriam lhe preparar para este tipo de situação. Lúthien já com nauseas ao extremo, devido ao odor e a visão que estava tendo do corpo. Sugere-se ir em direção a ele, passar para o outro lado do balcão e analisá-lo melhor de perto.
     No entanto, não é isto que consegue fazer.
     Erguendo uma portinha que impedia o acesso ao outro lado do balcão, vendo o corpo ali caído com um pouco mais de facilidade, sem perder o receio. A Agente começa a abaixar-se para melhor observá-lo. É nesta hora que a mesma começa a sentir o odor com o pouco mais de intensidade, adentrando em suas narinas. Esta, só não vomita no momento, por fechar a boca. Pois foi justamente esta, a vontade que lhe deu: vomitar.
     Seu senso avaliativo é forçado a parar, por conta da cena e odor que a mulher estava presenciando. Fazendo com que ela se levantasse de imediato e dê dois passos para trás, afastando-se um pouco do corpo ali no chão e consequentemente, amenisando um pouco mais o forte cheiro que sentia.  

                                                                           Corpo
Lúthien:
      Apesar da tentativa de se controlar, da primeira vez dar certo. Dessa vez ela não aguentou, era muito forte e insuportavel o odor que vinha do morto. -  " Meu Deus. " - Pensava ela, afastando-se um pouco para amenisar o cheiro. Após respirar um pouco mais, ela tenta aproximar-se do corpo novamente, mas dessa vez ela tenta não respirar pelas vias nazais, assim respirando pela boca.Após afastar-se um pouco e pegar uma determinada quantia de ar, amenisando o odor que sentira. Lúthien novamente tenta aproximar-se do corpo, em busca de uma análise.
     Realizando e bloqueamento de sua respiração pelo nariz e abrindo a boca, para substituir a função das vias nazais. Então, começa a aproximar-se novamente do corpo, para retomar sua análise. No entanto, antes mesmo de começar a se abaixar, a Agente sente-se forçada a recuar, pois via que o cheiro não a deixaria prosseguir.

Lúthien:
      Percebendo que no momento não conseguiria aproximar-se. Então se afastou, antes que vomitasse em cima do corpo. Seguiu dando mais uma verificada no local, com a lanterna acesa poderia, ver algo que não tinha notado.Visto que não conseguiria prosseguir com sua análise no corpo jazido atrás do balcão, por consequênca de seu odor e imagem apresentada pelo mesmo. Lúthin afasta-se do corpo e começa a dar pequenas voltas, no interior do comércio, visando encontrar algo que lhe fosse útil.
     Então, com pequenas vislumbradas no interior do estabelecimento, com o auxílio de sua lanterna, que lhe proporcionava luz para tornar seu ato possível. A Agente numa de suas passadas com o foco de luz de sua lanterna, pelo cômodo. Avista algo no chão, no canto de uma das paredes do lugar, ao lado de uma poça de sangue.
     A luminosidade proporcionada por sua lanterna, refletindo no objeto ao chão. Fazia parecer que aquilo fosse algo metálico ou possuidor das mesmas propriedades de um metal. Visto que a luz da lanterna, fazia-o brilhar.
     No entanto, a distância não lhe permitia saber exatamente o que era o tal objeto, à menos que começasse a se aproximar. Então é isto que a Agente planeja: Começa a dar vagarosos passos em direção ao objeto, passando a abaixar-se, para uma melhor visibilidade.
     Tomando um pequeno susto e pausando sua locomoção em direção ao objeto... Lúthien escuta um barulho vindo de trás, da direção do interior do balcão, onde o corpo estava. Este, havia sido um barulho de uma colisão um tanto quanto oca. Talvez causada pela colisão de um membro do corpo, com a madeira daquele balcão. 
    Mas afinal, o que seria? Anteriormente avistado, o corpo parecia já sem vida. Além dos sinais notados pela Agente. Teria mais alguém ali, além de Lúthien e o corpo? 

                       Continua. . .

                                                                                     ( Narrativa de Gabriel Oliveira - Gaburieru - )

Lúthien - Introdução

 Narrador:
     Sexta-feira, 10:31hs A.M. Informações climáticas: Manhã ensolarada; céu sem muitas nuvens e de coloração  bem azulada; dia claro e um tanto abafado: 16 °C. 
     Após receber algumas informações de Agentes de Nível Superiores ao seu, na Agência Policial onde trabalha, FBI. Lútrhien recebeu alguns equipamentos dos mesmos, os quais levaria consigo em sua missão. E em seguida, partiu para o centro da cidade, onde supostamente iniciaria a operação.
     Sua missão, consistia em basicamente analisar uns ocorridos que estavam acontecendo no Centro de um bairro dentro de New York, o qual era de tamanho geográfico médio, mediante aos demais bairros existentes na cidade.
     Os relatos apresentados por seus superiores, que diziam e deixavam a Agente Lúthien a par da situação, eram os seguintes: "No centro da cidade de New York, há um bairro conhecido, o qual está ocorrendo alguns fatos estranhamente conhecidos pelos habitantes de lá. Estes, se resumem em pessoas sendo agradidas fisicamente por outras pessoas, as quais apresentam sinais de embriaguez e alteração corportamental, tanto físicas, quanto mentais. Estas, por meio de bruscas mordidas e agressões desumanas, estavam atacando diversas pessoas, moradoras do lugar".
      Após algum tempo de viagem, a qual Lúthien fora levada até o centro da cidade por meio de em Helicóptero particular da Agência, e deixada numa das ruas do bairro. A mesma vira seu transporte sair dali, deixando-a nas ruas do local que estava aparentemente deserto, sem nenhum sinal de pessoas ou veículos, o que talvez fosse estranho, para o cotidiano da Agente.
     Sua visão ficava um tanto ofuscada quanto a uma visão exagerada do lugar, pelo fato de a luz solar bater fortemente em seu rosto, agredindo com os raios solares, poucamente sua pele, que por consequência, tornava-se avermelhada e uma breve ardência, se extendia pelas regiões efetadas.
     O ponto de referência que a mesma podia notar ali, era um comércio, o qual tinha uma grande placa de madeira, talhada e pintada em branco, à sua porta igualmente de madeira, dizendo: "Adega". Isto, ao lado de calçada esquerdo, da rua. 

 Lúthien:
     Aproxima-se da adega,verificando pela janela, se havia alguém dentro do local.    Após ser deixada ali na região, visto que não tinha ninguém pela rua e nenhum sinal de carros. Lúthien decide direcionar sua cabeça para os lados do lugar, pretendendo analisar o local.
     É nesta hora que a Agente vislumbra uma adega, próximo ao local onde estava, a esquerda da calçada, há uns 4 metros dali. Sem medir esforços, esta começa a direcionar-se com passos calmos e vagarosas rumo a entrada/saído do estabelecimento, onde apresentava uma placa enorme de madeira, em sua entrada, acima da porta que por ventura, estava fechada.
     Ao chegar à frente da porta do local, o qual estava fechado, estando há alguns centímetros da porta de entrada. Lúthien nota uma janela ao lado da porta, quase rente a mesma, de aproximadamente 1, 30 metro de largura e altura, sendo este, metro quadrado. A janela era de madeira e também estava fechada, o que impossibilitava Lúthien de olhar o interior do lugar. 
     As paredes envolta ao estabelecimento, eram de coloração branca e estas, apresentavam sinais de uma construção já envelhecida, pois estavam descasdadas e com algumas rachaduras, que também eram visíveis na porta e janela dali.

Lúthien:
     Sem muito pensar, ela verifica se a porta está aberta, após verificar, retira sua arma do coldre, posicionando a mesma a sua frente, para precaver-se de eventuais problemas. Pois os supostos bêbados poderiam estar por ali. Em seguida, entra cautelosamente, para não fazer barulho.Ao notar que a janela e porta do estabelecimento encontravam-se aparentemente fechadas, não se contentando com o que visionava. Lúthien se aproxima mais e mais da porta e, com uma das mãos, toca a maçaneta da mesma: Um objeto cincunferencial de estrutura metálica, de cor prateada.
     Esta, após tocar a maçaneta da porta, lembra-se dos perigos que poderia correr ali, já que seus superiores aviam-na alertado do riscos. Então, a Agente do FBI retira a trava de seu coldre e com um sutil movimento de mão, retira sua arma do suporte, empunhando-a com a mão direita. Feito isto, a moça posiciona a arma a frente do rosto e com a mão esquerda, gira a maçaneta, visando abrir a porta para que pudesse entrar ali.
     Girando a maçaneta e dando uma leve empurrada na porta, Lúthien vê pouco a pouco a porta indo para trás, abrindo... E com ela, um pequeno rangido era emitido alí, fazendo o som ecoar pelo interior daquele estabelecimento que pouco a pouco era sendo iluminado, por conta da luz solar que ia invadindo o lugar.
     Terminando o processo de abertura da porta, a Agente podia, já, vislumbrar todo o interior daquele estabelecimento, já que o mesmo estava sendo iluminado pelo sol, que se colocava intensamente no céu que a cobria.
     Logo após a porta de entrada/saída, Lúthien podia notar uma pequena bancada, que se estendia de uma parede a outra pelo interior dali. Esta, estava sobreposta de forma horizontal à entrada, atravessada pelo cômodo de aproximadamente 4 metros quadrados, medida cuja o lugar deveria ter. 
     Esta bancada, ficava em forma de um balcão, onde a sua frente, tinha alguns banquinhos de madeira, possivelmente para os clientes se sentarem; quatro deles. O balcão, que parecia não ter uma portinha de acesso ao lado de dentro do  lugar, pois a luminosidade do sol não permitia enxergar o estabelecimento por completo. Além dele, havia uma grandiosa prateleira de madeira, que pegava toda a parede de trás do estabelecimento, sendo esta, possuidora de três partições; uma abaixo da outra. Ela, possuia diversas bebidas em suas partições, todas ali, sobrepostas sobre a madeira que compunha a prateleira.
     Um pouco abaixo da prateleira, havia uma pequena porta de madeira, no canto direito do lugar, além do balcão. Esta também estava aparentemente fechada e seria esta, possivelmente a porta que daria acesso ao possível dono do bar, entrar ali e ficar posicionado atrás do balcão. No entanto, ninguém ali era visto.

Lúthien:
     A policial dá uma verificada no local para ver se poderia entrar. Feito isto, adentra o lugar, e procura por pistas.

    Após abrir a porta do estabelecimento, sem mover-se de onde estava, ainda na porta. Lúthien movimenta sua cabeça, de forma a vislumbrar todo o interior daquele lugar, locais dos quais ainda não tinha visionado bem.
     Fitando a prateleita após o balcão; o próprio balcão; a porta além do balcão e afins. . . Nada a mesma podia notar de anormal ali. Ao que parecia, nada de estranho poderia ser visto. Nem mesmo uma única pessoa podia ser vista ali. Sugestivo, para um estabelecimento que aparentemente estava fechado.
     Olhando um pouco mais, analisando atenciosamente a estrutura, chão e detalhes do lugar. A Agente nota que sobre a madeira daquele balcão, de altura aproximada a 1, 30m e extensão em torno de 4m, pegando de parede a parede... Uma pequena taça, sobreposta ali. Ao que parecia, ela possuia algum tipo de líquido até sua metade; taça cuja qual, não era muito grande; tamanho mediano às taças convencionais.
     Ainda observando ali, Lúthien, numa de suas vislumbradas ao chão, nota um pequeno rastro feito por algum líquido. Este, era de aproximadamente 4cm de espessura e de uma extensão aproximada a 3 metros. Ia para de trás do balcão, iniciando-se quase que na porta de entrada, através de algumas gotas. 
     Este líquido, possuia uma coloração avermelhada, em grossa "camada"... Assemelhando-se muito ao sangue de um humano. Seria este o que realmente a Agente estaria vendo? 
     Não se sabia ao certo, talvez por estar sendo "ajudada" apenas com o auxílio da luz solar que adentrava o estabelecimento, minimizando sua visão; ou por motivo de sua breve análise não ser uma perfeita. Mas o fato é que aquilo parecia sangue.  

                              Continua. . .

                                                                                      ( Narrativa de Gabriel Oliveira - Gaburieru )